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Os 5 sentidos

Em Design, trabalhamos com os nossos 5 sentidos o tempo todo, sendo eles parcialmente, ou até, simultaneamente. E, quanto mais utilizamos, mais apurados ficam, se tornando um diferencial em nossas vidas, e, profissionalmente, nos favorecendo nas tarefas.

Temos eles, a audição, olfato, paladar, visão e tato. Por exemplo, estudamos a roda de cores e o seu comportamento em diversos materiais. Um azul em superfície metálica se difere de um azul em um material fosco,  e, junto a isso, o toque dessas duas texturas citadas são totalmente diferentes, sabemos disso graças ao uso da visão e do tato, que, como aprendizado, levamos isso em nossa bagagem
mental de conhecimentos adquiridos, aplicando-os em futuras oportunidades.

Para um trabalho de sonorização, é primordial ter uma audição apurada, e conseguimos isso estudando sons frequentemente, sendo o estudo como um exercício auditivo, tendo o apoio de bases musicais teóricas

Cheiro e gosto estão fortemente conectados, a prova disso é sentir o cheiro de uma comida, e lembrar do gosto dela, sem ao menos estar comendo, consequentemente, vem a vontade de comer, depois disso. Temos, em design de cheiros, aromas propositalmente concentrados em diversos estabelecimentos, tendo como objetivo principal de transmitir uma sensação ao respectivo usuário. Por exemplo, lojas de perfume possuem aromas específicos, assim como confeitarias, cafeterias etc.

 21 Lições Para o Século 21- Análise de leitura

Fiz a leitura do capítulo 5 do livro 21 Lições para o século 21, escrito por Yuval Harari. Intitulado de "Os humanos têm corpos", nele se aborda o conceito aprofundado do termo "civilização", desde os primórdios de nossos ancestrais não-humanos até à nossa sociedade atual, e tendo a isso, os seus impactos perante diferentes culturas de nosso mundo, como por exemplo, a soberania da cultura ocidental sob outras regiões. Temos, de fato, uma única civilização, que é a humana, porém, ela é riquíssima, abrange incontáveis aspectos culturais, costumes, crenças etc. Por conta dessa variedade, ela naturalmente se divide, por conta dos aspectos em comum, e, por permanecer em modo conservatório local, por muitas eras, elas vão se fortalecendo, virando assim, de grupos, para tribos, cidades para províncias, e de províncias à países. Apesar das divergências, durante os séculos 20 e 21, evoluímos, de maneira exponencial, nossos meios de comunicação se tornaram instantâneos, e a tecnologia se aprimorou cada vez mais. Um recurso mencionado logo no começo da leitura foi o uso das redes sociais, e como ela poderia se tornar a mesclagem universal da civilização. 

Nesse capítulo, há a comparação das sociedades dos gorilas, chimpanzés, e nós humanos. Os gorilas possuem ideais de liderança de macho alfa, já os chimpanzés, possuem interações entre grupos de apoio, cooperação e confiança. Se ocorresse um experimento social entre essas espécies, além de serem biologicamente diferentes, em quesito de comunidade, haveria uma grande chance de colapso por conta dos diferentes costumes. A mesma acontece com nós, humanos, tendo como única diferença, que somos uma espécie singular, sem variantes existentes. Se juntarmos múltiplos aspectos culturais, cujos mesmos evoluirão entre séculos e se politizarão fortemente, com quase certeza que, em algum momento, irá ocorrer algum tipo de disputa, igual tivemos nos períodos de guerra santa, ou reformas da igreja, colonizações, guerras civis, mundiais e até mesmo tecnológicas, como a guerra fria.

Tendo toda essa reflexão, agora intercalo com o design de mídia digital. Como já foi dito, estamos em constante evolução, não só nós, como nossa tecnologia, e, de fato, o projeto da "união universal", no olhar sistemático-comunicativo, é extremamente eficiente, porém, sempre carregaremos nossos ideais, todos eles presentes nessa parte do livro. Assim como ideais, temos opiniões diferentes, discordâncias e isolamentos em grupos, e isso, na visão tecnológica, quebraria, com extrema facilidade, essa tal "monopolização social" proposta. Por exemplo, temos redes sociais direcionadas à foruns, vídeos, fotos, jogos, conteúdos específicos que criam nichos específicos, que por sua vez, criam zonas de conforto entre usúarios que compartilham dos mesmos interesses e opiniões. Ou seja, tal característica comportamental é tão forte que, irá acontecer naturalmente, sem qualquer resistência, por conta do próprio instinto humano, seja ele indivíduo real, virtual ou até extra-terrestre, pois, se, um dia, chegarmos em outro planeta, tais valores nunca sumirão, mesmo tornando-se uma nova variação evoluída da espécie.

Proposta de G1 - Brainstorm

- Pesquisa: Projetos de mídia digital relacionados aos sentidos

- Sentido humano em foco: visão

- Discromatopsia e as cores no mundo

A discromatopsia, ou daltonismo, é um desvio genético baseado na dificuldade de percepção de determinadas cores, devido à deficiência nas células receptoras de luz sensíveis à cor presentes em nossos olhos. Ou seja, o portador dessa anomalia possui dificuldades em enxergar as cores ao seu redor, não todas elas, porém grande parte, e isso, se for parar pra pensar, pode ser algo bem incômodo em determinadas ocasiões, como por exemplo, pode gerar uma pequena confusão na escolha de um produto no supermercado, caso sua embalagem mude, ou na hora de dirigir, principalmente a noite, cujas ruas possuem baixa luminosidade, podendo causar dificuldades de identificar placas pelo caminho, ou até mesmo os semáforos.
Ela possui variantes, sendo elas parciais:

Protanopia - dificuldade em distinguir as cores vermelhas

Deuteranopia - dificuldade em distinguir as cores verdes

Tritanopia - dificuldade em distinguir as cores azuis

Ou, até mesmo, totais:

Protanomalia - não consegue identificar cores vermelhas
Deuteranomalia - não consegue identificar cores verdes
Tritanomalia - não consegue identificar cores azuis

- Projeto de aplicativo aplicado para pessoas portadoras de daltonismo com finalidade de identificar cores cujo mesmos possuem dificuldade de as enxergar ou impossibilidade de tal.

G1 - App que auxilia  indivíduos com daltonismo utilizando a câmera do dispositivo

Desenvolvido por Felipe Spínola, o projeto consiste em um aplicativo para dispositivos móveis, cuja função é distinguir as cores do mundo para portadores de daltonismo, que possuem dificuldades de identificar as mesmas,  através da câmera do smartphone, ou até mesmo smartglasses, como o Google Glass, pois há compatibilidade para esse uso, de acordo com o criador. Nele, há também o conhecido Teste de Ishihara, que é um teste de percepção de cores feito para identificar se o indivíduo possui Discromatopsia, e se possuir, qual de suas variantes, para uma melhor precisão e funcionamento do app.

Esse projeto me chamou atenção pelo fato de trabalhar com algo que passa, praticamente, totalmente despercebido na sociedade, que é a forma com que daltônicos enxergam o mundo, que é repleto de cor, nas embalagens dos alimentos, nas sinalizações de trânsito, fachadas de lojas, placas etc. A grande maioria da população, que não sofre com esse tipo de anomalia, não vê problemas em seu redor, porém, para quem é daltônico, confusão entre cores é algo presente no cotidiano, pois a capacidade de percepção das células cone, que diferem as cores que enxergamos, são bastante limitadas.

Aqui temos como enxergam os portadores das diferentes variantes do daltonismo

O aplicativo funciona da seguinte maneira, No primeiro acesso, a pessoa realiza o teste de Ishihara, com finalidade de identificar qual o tipo de daltonismo do usuário. Depois, baseado nos resultados, ele configura e adapta suas funcionalidades para identificar as cores que o indivíduo não distingue, fator bastante interessante, pois ele se torna "único" a cada usuário que possui essa anomalia. Além disso, ele informa a taxa de luminosidade local, pois, não só as cores, mas a iluminação também influencia no ver do daltônico, a coloração pode mudar de acordo com o quão exposto o elemento visível está à luz. Para isso funcionar, utiliza-se o Open Source Computer Vision Library, 

que é uma biblioteca gratuita de visão computacional e machine learning, possuindo mais de 2500 algoritmos focados para identificação de objetos, faces, movimentação humana, detecção de movimentos, imagens semelhantes etc. Esse tipo de software é bem famoso, usado por muitas empresas gigantes que temos, como a Google, Yahoo, Microsoft, Intel, IBM, Sony, etc.

A ideia de criação partiu do próprio Felipe, que se descobriu daltônico na infância, junto com o seu irmão, em uma brincadeira em que sua mãe pedia para procurar tal objeto com uma cor específica. Ele também se formou em Ciência da Computação, que, inclusive, esse foi o seu TCC. Seu projeto, até então, está em fase de protótipo, pois, para prosseguir, ele precisa de um patrocinador, equipe etc.

Gostei muito dessa iniciativa, achei inovadora, porque, realmente, é um termo de acessibilidade que passa despercebido na própria palavra, pois, quando falamos disso para os olhos, por costume, associamos à cegos e deficientes visuais, e daltônicos "passam batido" entre esse meio. Espero que apareça algum financiador para esse projeto, pois, sem isso, ele não terá andamento, infelizmente.

Trabalho 4

Proposta G2 - Brainstorm

Algo envolvendo música, design e sentidos humanos

música - audição - vibração

MUSICA PARA SURDOS

indução ossea

beethoven

cabo wireless / bluetooth para guitarra

- A condução por via aérea é a função auditiva normal, enquanto a condução por via óssea ocorre quando o estímulo sonoro vai pelo osso do crânio, através de sua vibração, estimulando diretamente a cóclea, que é o nosso ouvido interno.

 

-A estimulação via condução óssea é possível graças a implantação de um pino de titânio que transmite a vibração da prótese diretamente para o osso do crânio na região retroauricular. Esta vibração se propaga pelo osso do crânio até a cóclea.

- transmissor wireless para guitarra: substitui o convencional cabo P10 que se utiliza para utilizar a guitarra no amplificador, geralmente utilizado por artistas que se sentem limitados por conta do cabo ir até uma certa distancia, contendo o risco de desplugar acidentalmente, pisar e estragar o cabo, ou até tropeçar nele mesmo.

ideia - unir essas duas ideias e criar um dispositivo único, que poderá se resultar em uma experiência inovadora, principalmente para portadores de deficiência auditiva, que utilizam dessa mecânica de indução óssea.

G2 - Projeto Beethoven

A surdez, ou deficiência auditiva, ocorre pela perda, parcial ou total, da audição, dificultando assim a percepção dos sons externos ao redor e, consequentemente, a comunicação do afetado. Existem meios diferentes de se adquirir, sendo elas por fator genético, traumatismos, infecções e exposição excessiva à altos níveis sonoros.

A trajetória normal do som funciona da seguinte maneira:  o som entra no canal auditivo, cujo mesmo é nosso ouvido externo, a membrana timpânica vibra, e as vibrações sonoras se movem através dos ossículos para a cóclea, que é o nosso ouvido interno.

Quando ocorre a surdez, a solução para isso é a utilização de uma prótese auditiva, que auxilia o ouvido externo a captar melhor o som, amplificando-o. Existem tipos diferentes de próteses, porém, todas com o mesmo objetivo. amplificar.

Unir esse assunto com música, parece um pouco inusitado, porém, é mais incrível do que parece. Retrocedendo um pouco para outros séculos, temos ​Ludwig van Beethoven, um compositor do século XVIII, ele está entre os maiores influenciadores da música de toda a história da humanidade. Foi prodígio na área, com apenas oito anos, ganhou o título de mestre de cravo, um instrumento de teclas, como um piano, na Colônia, cidade alemã, que consequentemente, o fez estabelecer contato com outros grandes músicos na época. No decorrer de sua carreira, a partir dos seus 26 anos, ele começou a desenvolver surdez, por razões, na época, e até hoje, desconhecidas. Inclusive, descobriram em 2020, 3 séculos depois, que a teoria mais coerente seria a de infecção por chumbo, causado por um envenenamento, pois seu corpo possui altos níveis desse metal, o mesmo velado em Viena, Alemanha.

Por conta de sua surdez não solucionada, ele entrou em depressão e pensou até em suicídio. Porém, em meios de procura de suas manifestações artísticas, o mesmo descobriu o evento da condição óssea, que consiste da vibração do som através do crânio, que, por sua vez, atinge o ouvido interno, e por fim, abre a possibilidade de ouvir sem o auxílio do ouvido externo. Beethoven descobriu esse meio após colocar uma haste de metal em seu piano e mordê-la, criando uma ponte para as vibrações, do instrumento para seus dentes. Por conta dessa técnica, ele foi capaz de compor grandes obras, mesmo surdo.

Com o avanço na medicina, e com o passar dos tempos, os estudos foram aperfeiçoando tal técnica, que hoje em dia se tornou em outro meio de se ouvir, independente de ter deficiência auditiva ou não. Com isso, temos os aparelhos auditivos de condução óssea, que utiliza o mesmo método, e funciona da seguinte maneira; o paciente é submetido à implantação de um pino de titânio que transmite a vibração da prótese diretamente para o osso do crânio na região retroauricular. Esta vibração se propaga pelo osso do crânio até a cóclea, vulgo ouvido interno.

Voltando mais uma vez a falar de música, agora falarei de como os amplificadores funcionam, me direcionando especificamente para guitarras.

Esses instrumentos possuem captadores, que são feitos de imãs e molas de cobre. Junto a isso, temos o encordoamento, que são também de metal. Aqui caímos no conceito físico de corrente elétrica. Quando tocamos, as cordas geram oscilação, que, perto aos imãs, geram corrente. Para chegar no amplificador, precisamos de um cabo, que continuará a transmissão de corrente para a caixa, que, por fim, transforma os sinais elétricos em som e os amplia.

Cabos, dão a entender que são coisa do passado, pois agora, o mundo é "wireless". Como tudo tem que se adaptar, tais cabos de guitarra também sofreram mudanças. os famosos P10 sofreram projeções e conseguiram desenvolver um "cabo sem fio" para músicos, normalmente utilizados por aqueles que não gostam de ficar parados. A tecnologia por trás desse novo dispositivo se dá graças a uma pequena placa de software, que é programada com precisão, evitando o máximo de delay possível, e conectada vira bluetooth, junto com baterias. Ao invés de ficar preso em um certo comprimento de cabo, agora se tem disponível um perímetro de conforto, anulando os tropeços e pisões acidentais no equipamento.

Ideia do Projeto

Com base em todo estudo, formulei a ideia de unir esses dois fenômenos, que parecem impossíveis, mas possuem muita coisa em comum, mais do que o imaginado inclusive.

A união do aparelho de condução óssea com um conector de guitarra wireless funcionaria da seguinte forma, além de captar os sons normalmente, ele captaria o som da guitarra, sem a necessidade de conectar a um amplificador, e com a qualidade precisa, que o aparelho convencional não possui. Tal qualidade seria comparável à precisão de um ouvido de músico, que, por conta do constante estudo e prática, se apura a cada momento, ganhando a habilidade de identificar timbres precisamente, notas, acordes etc. Junto a isso, um equalizador com medição e ajuste de "bass, middle e treeble", que permite customizar o timbre feito pelo instrumento. E, não poderia faltar, um software com diversos efeitos, abrindo um leque enorme de possibilidades de criação, tendo, fim um afinador incluso. Por conta das diferentes funções, e para uma melhor visualização, seria um necessário um aplicativo, que auxiliaria as suposições anteriormente citadas. 

Exemplos de equipamentos:

Software de efeitos para computador

Afinador

Equalizador de som

Aplicativo de auxílio de timbre

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